Segundo Becker, a população foi surpreendida por sirenes de alerta no meio da noite, levando a uma reação imediata: "A gente primeiro corre e depois tenta se informar de onde vem, porque pode vir de qualquer lugar, a gente nunca sabe de onde vem", explicou.
O ataque iraniano resultou no cancelamento de eventos e na recomendação para que as pessoas permanecessem em casa ou próximas a locais seguros. Becker descreveu a situação como semelhante a uma quarentena, com planos cancelados e trabalhos perdidos.
A empresária, que trabalha com serviços para animais de estimação, mencionou que o final de semana seria movimentado devido à Parada Gay local, um evento de grande porte que acabou sendo cancelado devido à situação de segurança.
Becker detalhou a existência de um "mamad", um quarto de segurança dentro de seu apartamento. No entanto, durante os ataques mais intensos, ela expressou preocupação quanto à eficácia dessa proteção: "Eu vi meu quarto de segurança tremer e eu achei que o meu prédio ia cair na minha cabeça", relatou.
As orientações de segurança mudaram com a escalada dos ataques. Antes, os residentes eram instruídos a aguardar dez minutos após o fim das sirenes para sair dos abrigos. Agora, as pessoas são orientadas a permanecer nos quartos de segurança por períodos mais longos, às vezes por mais de uma hora, aguardando instruções oficiais via aplicativos e televisão.
Apesar da tensão, Becker expressou o desejo compartilhado por muitos: "A gente quer vida normal. A gente quer paz. A gente não quer guerra". Ela também destacou a preocupação com a população civil, que sofre com ataques indiscriminados, enquanto as ações militares de Israel são descritas como mais pontuais.
A situação em Israel permanece volátil, com os residentes, incluindo expatriados como Fernanda Becker, adaptando-se a uma nova realidade de alerta constante e medidas de segurança intensificadas.