O irmão gêmeo de Al-Ghalban, Mohammed, que treinava e praticava ginástica com ele, foi morto junto com o tio e o primo, disse o adolescente. Al-Ghalban perdeu as duas pernas e parte da mão no mesmo ataque.
"Desejo ir para o exterior para tratamento, obter membros (próteses) para poder andar novamente como antes", acrescentou o jovem de 16 anos.
Os gêmeos começaram a praticar ginástica aos sete anos e costumavam se apresentar em Gaza, disse Al-Ghalban. Sua mãe, Amna, falou que é grata por um dos filhos ter sobrevivido, e expressou o mesmo desejo do filho.
"Graças a Deus, Ahmed ainda está presente na minha vida. Tenho muita fé em Deus... Se Deus quiser, Ahmed receberá próteses e voltará a praticar seu hobby como fazia antes", disse Amna.
Israel intensificou as operações militares no território no início de maio, afirmando que busca eliminar as capacidades militares e governamentais do Hamas e trazer de volta os reféns restantes que foram capturados no ataque do dia 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo dados israelenses.
O exército israelense afirma fazer o possível para evitar a morte de civis, ao contrário do Hamas, que usa cidadãos de Gaza como escudos humanos, operando em áreas densamente povoadas, zonas humanitárias, escolas e hospitais. O grupo militante nega a afirmação.
A campanha israelense, desencadeada depois que militantes islâmicos invadiram comunidades israelenses devastou Gaza e expulsou quase todos os seus moradores de suas casas. A ofensiva matou mais de 53.000 pessoas em Gaza, muitas delas civis, de acordo com as autoridades de saúde.